segunda-feira, 27 de abril de 2015

Escolarizando o Mundo - Completo Legendado [Schooling the World]



O filme examina o pressuposto escondido da superioridade cultural por trás dos projetos de ajuda educacionais, que, no discurso, procuram ajudar crianças a "escapar" para uma vida "melhor".
Aponta a falha da educação institucional em cumprir a promessa de retirar as pessoas da pobreza -- tanto nos Estados Unidos quanto no chamado mundo "em desenvolvimento".
E questiona nossas definições de riqueza e pobreza -- e de conhecimento e ignorância -- quando desmascara o papel das escolas na destruição do conhecimento tradicional sustentável agroecológico, no rompimento das famílias e comunidades, e na desvalorização das tradições espirituais ancestrais.

Finalmente, ESCOLARIZANDO O MUNDO faz um chamado por um "diálogo profundo" entre as culturas, sugerindo que nós temos, ao menos, tanto a aprender quanto a ensinar, e que essas sociedades sustentáveis ancestrais podem ser portadoras do conhecimento que é vital para nossa própria sobrevivência no próximo milênio.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Museu de Arte Contemporânea de Niterói (1996)

Recordando Oscar Niemeyer (15.12.1907-05.12.2012)


Um ano depois da Oscar Niemeyer ter falecido com quase 105 anos, permanece a obra do poeta da arquitectura. Era um escultor de monumentos, um poeta do betão armado. A sua obra tornou-o imortal. O seu legado é uma inspiração.Criava princípios próprios e dizia que a cultura era herança e transformação.
Walter Gropius, arquitecto fundador da Bauhaus, afirmou a Niemeyer: "Sua casa é bonita, mas não é multiplicável". Gropius era precursor do funcionalismo e opositor do individualismo na arte. Nos seus escritos, Niemeyer comenta assim o ocorrido: "Como alguém pode falar tanta burrice com ar de seriedade? Como pode ser multiplicável uma casa que se adapta tão bem ao terreno?".  
Ao longo da sua longa carreira são inúmeros os edifícios emblemáticos que criou.
Em 1947 projectou a Sede da ONU. Nos anos 60 do século XX ajudou a fundar a cidade de Brasília, projectando os principais edifícios da cidade.  
Em 1996 projectou o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Em 1998 ganhou o Prémio Pritzker.
Com tudo isto e muito mais ficou para a história como um dos maiores nomes da arquitectura moderna.
Apesar de se ter tornado num grande arquitecto, era um homem desapegado do dinheiro e não acumulou riqueza. Chegou a doar alguns projectos tais como a sede do Partido Comunista Francês e o Centro Cultural Internacional em Avilés. E finalizou doando uma casa ao seu motorista.
Era um homem sábio e por isso recordo aqui algumas das suas frases dele:
‘Não me sinto importante. Arquitectura é o meu jeito de expressar os meus ideais: ser simples, criar um mundo igualitário para todos, olhar as pessoas com optimismo. Eu não quero nada além da felicidade geral’.
‘A gente tem de sonhar senão a vida não acontece’.
‘A idade não é importante. O que nós criamos não é importante. Somos muito insignificantes. O que é importante é ser tranquilo e optimista’.
‘A minha vida não tem nada de especial. Eu acho que a vida é um minuto. A vida é um sopro. Temos que ter a noção que somos pequeninos, temos que ser modestos’.
‘O tempo cósmico é muito curto. Tudo vai desaparecer’.
Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.’
Morreu o artista, mas ficou a sua obra.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Cada povo, grupo étnico ou nação tem uma reflexão sobre si mesmo, uma "teoria nativa" sobre sua realidade presente, suas origens e sobre o seu destino. A singularidade, não apenas como resposta a uma reflexão, mas como seu pressuposto, faz com que aquilo que diz respeito ao funcionamento de uma determinada unidade cultural acabe por ser, na perspectiva daqueles que "de dentro" sobre ela refletem, irredutível a si mesmo. Em outras palavras, as teorias nativas costumam ter como propósito dar conta de sua "aldeia" específica, sem ir além de suas fronteiras.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Discutir a educação sexual


Cada vez mais se consumem imagens estereotipadas (sexualizadas, pornificadas) tanto de homens como de mulheres. Depois acho que cada vez se utiliza mais a inguagem sexual para se provocar indiscriminadamente. Isso gera violência e eu pergunto: Qual a moral sexual dos jovens? Será que andam sempre à caça? E será que isso é de louvar? Será que esta cultura pornográfica trás por traz de si uma mensagem, uma relação conservadora entre homens e mulheres?

Será que não há necessidade que estas imagens sejam discutidas? Como é que se vendem estas imagens? Será que os jovens gostam de se rever assim e por conseguinte imitam o que veêm? Ou será que tem medo de não corresponderem aos estereotipos?
Será que as raparigas gostam de 'parecer sexy' e consideram a sua imagem negativa? Será que os rapazes gostam das imagens das 'mulheres sexy'? Claro, que haverá de tudo. Mas... O que é que os jovens precisam para ser felizes e quebrar com os tabus deste 'novo tempo'? E o amor, quais os ingredientes que precisa?

E os pais e a escola, devem falar só da parte biologica ou também dos problemas relacionados com o amor e sexo: das incertezas, inseguranças, perigos e partilhar experiências?

E sabendo que os pais e educadores têm dificuldade em abordar estes assuntos, não deveria haver psicologos que ajudessem os jovens a atravessar a adolescência?

Em vez de falar (gozando e rindo) sobre estes temas, deviamos encará-los de frente e falar de forma (sincera e aberta) de modo a quebrar tabus e promover o dialogo entre jovens e adultos.

Vamos falar do amor, dos medos, da influência da religião, da cultura, etc.
O que pensam deste 'novo tempo' no que se refere à sexualidade?

domingo, 16 de junho de 2013

Perigos das redes sociais



As redes sociais têm sido utilizadas para organizar, comunicar e sensibilizar populações e a comunidade internacional para a luta pelos direitos humanos e do ambiente.
Através das redes sociais organizaram-se entre outros os protestos no Mundo Árabe conhecidos como a ‘Primavera Árabe’ e as manifestações de protesto como ‘Que se lixe a Troika!’.
As redes sociais têm servido para reunir amigos, colegas e vizinhos, reencontrar amigos de quem se perdeu o rasto, arranjar contactos de trabalho, partilhar interesses, discutir assuntos e dar a conhecer os nossos gostos.
Apesar de tudo parecer fantástico, estas mesmas redes sociais têm também servido para criar problemas sociais: desunir e despersonalizar as relações humanas.
As pessoas vivem fascinadas com as novas tecnologias, e esquecem-se que apesar das muitas vantagens que isso nos trouxe (passámos a viver num mundo global e estamos mais próximos uns dos outros apesar das distâncias geográficas), o uso imprudente levou a que muitos perdessem a sua privacidade, tornando-se vítimas de abusos, de burlas, ou outros tipos de crimes.

Amizades reais ou virtuais?
Uma das grandes alterações nas nossas vidas diz respeito aos relacionamentos.
Que lugar tem a amizade na sociedade electrónica? É possível fazer-se 500 ‘amigos’ num dia? Julgamo-nos mais acompanhados mas não estaremos mais sozinhos que nunca? Aquilo que era ‘face2face’ passou a ser ‘globalface’. Passámos a poder fazer ‘amigos globais’ e ‘alimentar’ relações superficiais. As relações tornam-se mais competitivas: o número de likes, comentários e partilhas podem fazer de nós populares ou impopulares.
O termo amizade passou a ter uma nova definição. A amizade virtual é despersonalizada, superficial e do convívio invisível. Deixamos de sentir o cheiro, de tocar, de ver, de abraçar e testar a sinceridade e honestidade dos comportamentos.
No Facebook, por exemplo, aceitamos a amizade de estranhos, de pessoas que nunca vimos e de quem não podemos verificar a identidade.
Eventos como festas de convívio, festas de aniversários, almoços de amigos oferecem-nos a possibilidade de conhecer o amigo, o amigo do amigo e aquela pessoa gira. Nesses momentos partilham-se emoções reais, afectos e até comida feita com amor e prazer. Uma realidade genuína.
Na amizade real testam-se relacionamentos através da presença física.
A amizade virtual é como a ficção científica: convivemos com nicknames e personagens virtuais. Podemos fazermo-nos passar por uma pessoa que não somos nós.
Quando se trata de crianças e jovens isto é torna-se mais complicado uma vez que estas confundem as amizades virtuais com as amizades reais.

Tempo real de convívio
Vivemos a um ritmo acelerado. Perdemos muito tempo atrás do computador não só a trabalhar mas principalmente nas redes sociais. Isso retira-nos tempo para o convívio real tornando-se uma espécie de vício, obsessão. Isto não acontece por imposição mas por escolha livre. Deixamos de ‘saber’ comunicar de outra forma e nem sequer nos damos ao trabalho de conviver presencialmente. No caso das crianças é uma consequência do facto de terem deixado de brincar com outras crianças ao ar livre e ficado enfiadas em casa fechadas ou noutros locais por medos e receios dos pais e avós.
As pessoas refugiam-se cada vez mais nas redes sociais, onde podem esconder a verdadeira identidade, onde podem ser quem não são, onde podem bisbilhotar na vida dos outros sem que se seja visto, onde se pode estar on-line e ausente ou presente e off-line.

Riscos da imprudência
Na internet corremos o risco de publicarmos coisas que podem tornar-se perniciosas sem termos inicialmente consciência disso.
Ao publicarmos fotos, textos, frases, comentários podemos ser mal interpretados por pessoas que nunca nos viram.
Se por um lado podemos utilizar as redes sociais para denunciar situações injustas, graves e problemáticas, por outro lado as mesmas redes sociais são um instrumento que nos pode isolar, para nos pode tornar alvo de assédios, violações, fraudes, roubos e difamações.
Todo o cuidado é pouco com o que fazemos, enviamos ou publicamos on-line.
Se os perigos são grandes para os adultos, para os mais novos ou mais inocentes são ainda maiores.
Se pensarmos que há cada vez mais jovens a navegar na internet e que a faixa etária em que iniciam essa actividade é cada vez mais precoce (pré-adolescência: 9, 10 ou 11 anos de idade), teremos que nos questionar sobre a segurança e sobre os perigos que estas crianças correm.
Se pensarmos que existem milhares de jovens que se expõem e expõem a sua vida familiar diariamente na internet sem quaisquer cuidados, e que muitos deles chegam a revelar dados pessoais como a sua morada verdadeira e a escola que frequentam, os riscos e os perigos tornam-se ainda mais reais.
Ao exporem-se demasiado e ao tornarem públicas fotos e dados pessoais verdadeiros estas crianças e jovens correm o risco de ser vítimas de crimes.
Parece filme mas não é, são factos reais e por isso temos que estar vigilantes e alertar os jovens para os perigos que correm e evitar que as crianças criem páginas nas redes sociais.
A utilização cada vez mais intensiva e indiscriminada da internet e de redes sociais como o Facebook têm levado muitas pessoas e sobretudo jovens a apresentarem comportamentos perturbados e de viciados. Já há quem seja alvo de tratamento psicológico como se de uma outra qualquer dependência se tratasse. Já foi colocada ao nível dos vícios como jogos de computador, jogos de apostas, drogas, álcool, medicamentos entre outros.
As crianças e jovens que passam demasiado tempo nas redes sociais acabam por reduzir a sua capacidade imaginativa e não se desenvolverem socialmente.
Os riscos são grandes e reais para todos.

Informações públicas ou privadas?
No Facebook é possível dar a conhecer o estado das nossas relações afectivas, as nossas inclinações políticas, o local onde vivemos, a escola que frequentamos, o clube onde praticamos desporto.
As pessoas podem ver também os nossos álbuns de fotografias.
Através das nossas publicações e do sistema GPS, os nossos amigos podem localizar onde estamos a passar férias. Podemos ser continuamente observados, um Reality Show tipo ‘Big Brother’. Mas a escolha é nossa, porque publicamos muita informação.
Algumas pessoas pensam ingenuamente que não têm nada a esconder e definem o perfil como público.
Esquecem-se de alguns aspectos como:
- qualquer um tem acesso a toda a informação publicada.
- as entidades empregadoras têm acesso a todas as informações da vida privada dos trabalhadores  ou candidatos a um futuro emprego.
É isso que queremos? A escolha está nas nossas mãos.

Situações peculiares e mal-entendidos devido à utilização imprudente do Facebook

Para elucidar todo o exposto anteriormente neste artigo, eis aqui alguns exemplos:
1.    Conflito entre duas amigas através de alguns comentários no Facebook que levaram à morte de Joyce (Winsie) Hau, a 14 januari 2012 em Arnhem, Holanda. A liquidação,foi  realizada por um sicário, um jovem de 14 anos de idade.
2.   Sobre o impacto que o Facebook tem na nossa privacidade, e quanto ele pode, eventualmente, substituir a sanidade das pessoas, transformando-os em criminosos. Tipos de crimes bizarros Facebook:
 
3.    Mal entendidos. Por exemplo, Merthe uma rapariga holandesa convidou amigos e familiares para a sua festa de aniversário ‘Sweet Sixteen Party’ em Haren 21 de setembro de 2012. Esqueceu-se de tornar o evento privado. Alguns jovens que viram o convite no Facebook  e acharam engraçado partilhar o evento com os amigos. Os média reportaram o erro e assim o ‘Sweet Sixteen Party’ tornou-se um megaparty que acabou por gerar confusão e vandalismo: lojas saqueadas, montras partidas e prejuízos de muitos milhões de euros.
4.    Há encontros (jogos de risco) de hooligans de futebol são divulgados via Facebook.
 
Cuidados a ter
Para uma melhor utilização das redes sociais na internet e sobretudo do Facebook aqui vão algumas sugestões:
- Definir o perfil como privado
- Não aceitar pedidos de amizade de estranhos
- Proteger os álbuns de fotos
- Evitar o tagging de fotos
- Não dar a conhecer o número de telefone e o local de residência
- Não instalar aplicações desconhecidas.
 
Para os mais novos consultem esta publicação também:
 


terça-feira, 9 de abril de 2013

Anne Frank – 9 april 1944




I know what I want,
I have a goal,
I have opinions,
a religion
and love

Anne Frank – 9 april 1944