Não faço o que quero
faço o que posso.
E o que posso passa
pelo passo da dificuldade.
Palavras tenho poucas,
duras, despidas estacas,
complicando a minha escolha.
Ermas e perfiladas
ergo-as ao sol na vertical
e são monótonas e dão sombra.
Com elas levanto quatro nuas
paredes, um tecto em forma
de prece. Dificilmente
construo uma casa fácil
Fácil é fazer difícil,
difícil fazer o fácil.
Rui Manuel Correia Knopfli (Inhambane, 10 de Agosto de 1932 - Lisboa, 1997) foi um poeta, jornalista, crítico literário e de cinema.
Fez os seus estudos na África do Sul e iniciou uma muito activa carreira na então cidade de Lourenço Marques, actual Maputo.
Deixou Moçambique em 1975. Tinha uma alma assumidamente africana. Colaborou em vários jornais e revistas e publicou alguns livros. Desempenhou funções de adido cultural na Embaixada Portuguesa em Londres.
sábado, 29 de novembro de 2008
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Um comentário:
O mais importante é mesmo fazermos o que podemos.
Gosto muito do Rui Knopfli!
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