terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O consumismo e o Dia dos Namorados

Expressar o amor com presentes no Dia dos Namorados ou no Dia de São Valentim é uma tradição que se criou por volta de 1841.
Quase até ao fim do século XIX a maioria das pessoas não podia dar-se ao luxo de consumir mais do que o estritamente necessário. Por outro lado, até aí, as ideologias dominantes opunham-se à ganância, riqueza material e ostentação. O Confucionismo e o Budismo na Ásia, o Islão no Oriente Médio e do Cristianismo no Ocidente davam mais valor à vida espiritual da sociedade. O consumo excessivo era mal visto, mesmo nos círculos mais altos da sociedade.
Pois, a mim, parece que é Urgente reciclar o amor com valores espirituais ao invés dos valores materiais.
Antonio Canova (1757-1822)- Amor e Psique / Museu do Louvre

É urgente o amor

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

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